Uma escola de Patos de Minas decidiu inovar na hora de oferecer alimentos para os seus alunos. Além de produtos mais saudáveis, o lanche do intervalo também é um teste de honestidade. Não há vendedores e os próprios alunos é que fazem o pagamento. No momento em que o combate à corrupção é a expressão de ordem no Brasil, o comportamento dos estudantes tem surpreendido de forma positiva.
O professor Chesley Alexandre Vaz é o coordenador do Projeto. Ele explica que a iniciativa começou pequena, com apenas algumas frutas, mas logo caiu no gosto dos alunos. Hoje, a enorme mesa disponibiliza uma grande variedade de frutas, vitaminas, biscoitos e sanduíches naturais. Os funcionários da escola preparam as porções, com preferência para os produtos da época, e definem os preços.
A cantina da escola continua funcionando, mas na hora do recreio a mesa de frutas é o ponto mais procurado pelos estudantes. Mesmo sem nenhum controle, os alunos escolhem o que vão comer e não deixam de fazer o pagamento. Ao final do intervalo, a mesa de frutas está praticamente vazia e o caixa renovado.
O Projeto não tem fins lucrativos. O dinheiro arrecadado é usado para comprar os alimentos do dia seguinte. “Nossa intenção com esta iniciativa é promover valores como honestidade, sinceridade e solidariedade”, afirmou Pablo, diretor da escola. Segundo a direção, a honestidade dos alunos é a grande surpresa.
“Nós nunca tivemos problema de aluno pegar o alimento e não pagar. O que pode ter ocorrido uma vez ou outra é de alunos das séries iniciais errar no troco. Mesmo assim, a gente teve caso do aluno perceber que errou e devolver o dinheiro”, explica Chesley.
Com os bons resultados alcançados, a escola ampliou o projeto. Agora, além do lanche no intervalo das aulas, os estudantes também podem tomar café da manhã na escola, tudo na confiança. Este projeto serve como prova do poder da educação na transformação das pessoas. A maioria dos especialistas aponta a educação como a maneira de resolver os maiores problemas do Brasil.
