Emília respira 24 horas por dia por meio do aparelho.

Reportagem atualizada às 13h05 do dia 05 de outubro de 2017

A família de uma paciente que respira 24 horas por dia por meio de aparelho pago pela Prefeitura Municipal de Patos de Minas está sem saber o que fazer. A empresa que fornece o equipamento disse que vai recolhê-lo porque não está recebendo mais pelo serviço. O pagamento pelo equipamento teria sido transferido para o estado.

Indignado, Vinicius Oliveira, filho da paciente Emilia Geralda dos Reis, entrou em contato com o Patos Hoje e relatou todo o drama. Ele informou que hoje o aparelho é fornecido pelo município por ordem judicial. A empresa GE Hospitalar é quem presta o serviço. “Eles ligaram aqui e disseram que vão recolher o aparelho porque a prefeitura não acertou com eles”, disse.

A notícia deixou todos em estado de aflição. “Hoje por conta própria, minha mãe consegue respirar sozinha por apenas 20 min. Encontra-se num quadro de depressão agravado e com essa ameaça piorou um pouco mais”, relatou. Vinícius disse que já procurou vereadores na cidade para tentar impedir que o aparelho seja recolhido.

O familiar disse que outra empresa, que ele não sabe qual, já deixou um novo aparelho na residência da mãe, mas ele está desconfigurado, não sendo possível ser utilizado. Ele não sabe ao certo o que houve, mas acredita que o pagamento pelo serviço passou para o estado e agora a prefeitura parou de pagar a empresa atual.

Temendo por alguma medida arbitrária, ele alertou os familiares. “Eu já deixei todos avisados aqui que, se aparecer alguém deles, é para chamar a polícia. Eu temo mais é porque quem fica com ela é minha vó, uma idosa. Esse "terrorismo" que fazem a afetam”, destacou. Ele resolveu dar publicidade ao caso para que o aparelho não seja retirado sem que haja outro no lugar.

A Assessoria de comunicação da GE Hospitalar enviou a seguinte nota no dia 05 de outubro de 2017:

“A GE Hospitalar é uma empresa idônea que está há 29 anos no mercado e é uma das mais conceituadas empresas fornecedoras para hospitais, clínicas e centros cirúrgicos de todo o Estado.

A empresa  mantem contratos de locação com a prefeitura de Patos de Minas e houve um equívoco em relação à questão da paciente citada na reportagem. A prefeitura devolveu à empresa um dos equipamentos, que na forma de contrato, estava em posse da paciente. Com a devolução do equipamento, o contrato foi imediatamente encerrado.

Após identificar o problema, a equipe da GE Hospitalar contatou a prefeitura de Patos de Minas para avaliar o que havia acontecido e concluindo que havia divergência quanto ao nome dos beneficiários gerando esta confusão. Depois de esclarecido os fatos foi feita a substituição do circuito e a conferência de que o equipamento encontra-se em perfeito estado de funcionamento.”