E para cobrar medidas judiciais, familiares estão se mobilizando em Patos de Minas.

A dentista Roberta Pacheco de 22 anos não está nada bem. Nesta quinta-feira (14), ela começou a fazer hemodiálise e teve uma piora no seu quadro que já era grave. E para cobrar medidas judiciais, familiares estão se mobilizando em Patos de Minas. Haverá uma manifestação na tarde desta sexta-feira (15).

Muito abalada com tudo que aconteceu com a filha, a mãe da dentista, Elisa Seixas, falou com o Patos Hoje após visitá-la nesta quinta. De acordo com ela, Roberta está tendo que fazer hemodiálise o que significa que os rins não estão funcionando. "Praticamente pararam", ressaltou. A jovem continua em coma, sedada pelos médicos. A situação já está caminhando para o nono dia.

Para amenizar a dor, familiares vieram de Três de Marias para dar um apoio nesse momento difícil. O amigo da dentista, Vitor Magalhães, que está se formando em odontologia, também compareceu ao Hospital Regional e contou como é Roberta. “A gente tinha uma amizade muito próxima. Ela abominava droga. E já havia me contado que o relacionamento dela era conturbado. Ele era explosivo”, disse.

A advogada Mariana Pires de Mendonça foi contratada pela família para acompanhar o caso. A defensora disse que está reunindo toda a documentação e quer saber como está o andamento do inquérito policial. Ela também disse que vai até o Ministério Público para tomar todas as medidas judiciais cabíveis. Uma manifestação foi marcada para acontecer nesta sexta-feira (15) em frente ao Hospital Regional. A intenção é cobrar medidas e também defender as mulheres que lutam contra a violência doméstica.

Entenda o caso

Roberta foi socorrida na madrugada de terça-feira (05) quando estava em um hotel nas proximidades do Terminal Rodoviário. Ela sofreu convulsões e chegou a ter parada cardiorrespiratória. O médico, Daniel Tolentino de Sousa, relatou para os policiais que ela começou a se sentir mal durante o ato sexual e que, ao ver a situação, se desesperou e a arrastou pelo braço até o corredor do hotel, gritando por socorro. Ele também disse que começou as manobras para reanimá-la. O médico disse que ela havia ingerido xeque-mate, uma mistura de vodca com chá mate, e negou ter medicado a namorada. Daniel Tolentino relatou aos policiais que havia colocado o celular, que continua desaparecido, em uma bolsa dela.

O porteiro do hotel também havia prestado informações para os policiais. A testemunha disse que o médico havia se hospedado no hotel pela manhã e Roberta chegou pela noite na companhia dele, tranquilos sem aparência de terem bebido. Por volta das 2h00, ele saiu e foi até o carro buscar algo que não soube precisar. Por volta das 3h00, ouviu os pedidos de socorro, tendo subido ao apartamento para verificar o que havia acontecido.

O porteiro também relatou para os militares que havia percebido que sobre a cama havia vários objetos usados em práticas sexuais, sendo que Roberta estava com um par de algemas em um dos braços na hora do socorro. A testemunha contou que não viu drogas, bebidas ou algum tipo de medicação no quarto. E os hóspedes haviam consumido apenas água mineral e refrigerantes do frigobar.

O Patos Hoje entrou em contato com Daniel Tolentino de Sousa por volta das 16h43 desta quinta-feira (14) para ter um posicionamento a respeito dos fatos e aguarda sua versão.