Delegado de homicídios, Érico Rodovalho.

O mês de setembro é dedicado à prevenção ao suicídio. Profissionais de saúde estão realizando diversas atividades para chamar a atenção da sociedade sobre o tema. No ano passado, foram registrados 19 suicídios em Patos de Minas. Neste ano, até o momento, foram registrados 4 autoextermínios, uma queda considerável no número de ocorrências.

Os dados são da Polícia Civil. O Delegado de Homicídios, Érico Rodovalho, mostrou com surpresa os números. Ao analisar os arquivos do início do ano até o momento, ele verificou a ocorrência de apenas 4 suicídios, sendo 2 de cada sexo. Para comparar, ele informou que em 2017, foram 19 autoextermínios ocorridos na Capital do Milho.

Dos 19 suicídios ocorridos de janeiro a dezembro de 2017, a maioria foi do sexo masculino: 14 contra 5 do sexo feminino. A média, neste caso, foi de 1,583 suicídios por mês no ano passado. Em 2018, esta média cai para 0,444. Com relação ao número de homicídios, foram 21 assassinatos em 2017 e, nestes primeiros 9 meses incompletos de 2018, 17 assassinatos.

No Brasil, os números são preocupantes. A cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio, sendo que no Brasil são registrados a cada ano 12 mil mortes. Os números da Associação Brasileira de Psiquiatria indicam que o suicídio representa 1,5% das causas de morte, sendo a segunda principal causa entre jovens de 15 a 29 anos no mundo.

As pesquisas ainda revelam que o suicídio é 3,5 vezes mais comum em homens. E a sociedade sofre com as perdas. De acordo com os dados, para cada suicídio, seis pessoas próximas sofrem consequências emocionais, sociais ou econômicas. Especialistas afirmam que, geralmente, o sentimento de culpa é o mais frequente.

A orientação é para que as pessoas fiquem atentas e, ao sinal de algum problema com o próximo, converse com a pessoa e a aconselhe a procurar tratamento profissional. Como forma de prevenção, os profissionais orientam as pessoas a cuidarem da saúde mental e, ao menor sinal de tendência ao suicídio, buscar ajuda, porque ninguém está sozinho. Os profissionais reconhecem que os principais fatores de risco são: perdas recentes, dinâmica familiar conturbada, instabilidade emocional, impulsividade, agressividade, doenças crônicas e tentativa anterior de suicídio.