A garça em meio ao lixo mostra a degradação que vive a Lagoinha.

A Lagoinha é um dos cartões postais de Patos de Minas, mas não vem sendo tratada como deveria. As folhas secas das árvores se acumulam em toda a orla. Mas é a represa que mais sofre. A água está tomada pela sujeira. Os peixes e cágados já começam a sofrer com a falta de comida e de oxigênio.

Os moradores afirmam que os funcionários que fazem a limpeza da Lagoinha já não são vistos por aqui faz. O resultado é o acúmulo de folhas secas e de sujeira na água. Dentro da lagoa é possível encontrar de tudo, de pneus velhos a latas de cerveja. Sacolas plásticas e garrafas pet ficam boiando na superfície da água.

Com o tempo seco e há tanto tempo sem chuva, a mina d’água que abastece a represa diminuiu muito. A lagoa está secando, o que deixa a sujeira ainda mais visível. Para a professora de biologia que faz caminhada pelo local, a maior preocupação é com a mancha de óleo que cobra a água. Ela denuncia que existe alguém jogando esgoto na água.

Com a sujeira e o volume reduzido de água, os peixes já começam a sofrer com a falta de oxigênio. A lagoa também está tomada por cágados. São dezenas deles disputando espaço com os peixes e o lixo. Uma garça solitária aproveita a corrida dos peixes por comida e garante suas refeições.

As pessoas que moram ao redor da Lagoinha e os frequentadores do lugar cobram providências. Eles querem que a Prefeitura volte a fazer a limpeza do lugar, como era antes. O Patos Hoje tentou contato com a secretária de infraestrutura, mas o órgão não funciona nesta sexta-feira (08) em decorrência do ponto facultativo decretado pelo prefeito José Eustáquio, emendando o feriado da Independência. Os órgãos públicos só vão voltar a funcionar na segunda-feira (11).