Motoristas fazem fila para garantir o tanque cheio até o fim da greve dos caminhoneiros.

Os postos de combustíveis de Patos de Minas amanheceram lotados nesta quarta-feira (23). Em alguns deles, os motoristas fazem fila para garantir o tanque cheio até o fim da greve dos caminhoneiros. Os bloqueios instalados em diversas rodovias impedem que o combustível chegue às bombas para atender os motoristas.

Os postos de combustíveis da cidade ainda estão atendendo bem aos motoristas, mas as empresas ouvidas pela reportagem do Patos Hoje não descartam a possibilidade de faltar gasolina, diesel e etanol. Alguns deles estão sem receber combustível há dois dias e os estoques estão diminuindo.

A notícia de que pode faltar combustível levou centenas de motoristas para os postos e o protesto dos caminhoneiros que cobra a redução do preço do combustível fez efeito contrário. Teve gente que aproveitou a grande procura e subiu os preços. No posto localizado na esquina da avenida Piaui com a rua Dona Luiza era anunciada a R$ 4,99 nesta manhã.

Embora os estoques ainda sejam suficientes para atender a procura, se a greve não for interrompida e as rodovias continuarem bloqueadas, os motoristas patenses de fato ficarão ser ter como abastecer os carros. O problema também é verificado nas cidades da região. Em Presidente Olegário, a informação é de que os motoristas já encontram dificuldades para abastecer.

Os caminhoneiros em greve fecharam diversos pontos de rodovias na região, como a BR 365 na entrada de Patos de Minas e a MGC 354 na entrada de Presidente Olegário. No início, os manifestantes permitiam a passagem de ônibus, cargas perecíveis e cargas vivas. A informação é de que a restrição esta mais rigorosa. Nesta manhã, veículos da empresa Pássaro Branco, que faz o transporte coletivo em Patos de Minas, tiveram dificuldades para passar. Técnicos da empresa tiveram que ir até o local para encontrar uma solução para o impasse e permitir que os passageiros consigam chegar até o distrito industrial.

A greve dos caminhoneiros entrou no terceiro dia. Governo e Concessionária conseguiram liminares em sete estados para impedir os bloqueios de rodovias. A Petrobrás anunciou a segunda queda consecutiva nos preços do diesel (-1,14%) e da gasolina (-0,62%).