Familiares e amigos foram para a principal rua de Patos de Minas no final da tarde desta sexta-feira (15) para pedir justiça para a dentista Roberta Pacheco, de 22 anos. Ela está há 10 dias em coma no CTI do Hospital Regional. Os manifestantes usaram cartazes e faixas para cobrar por justiça.

Com os cartazes em mãos, eles foram para o semáforo em frente ao Hospital Regional e cobraram: “A família de Roberta clama por justiça”; “Feminicídio Basta”; “Força Roberta, estamos juntos”, “Força Roberta, estamos em oração”; “Queremos justiça urgente”; “A justiça divina não falha”; “Não se esconda, não se cale, não se omita”.

Em um horário de grande movimento, motoristas que pararam no sinal vermelho apoiaram a manifestação. Alguns aplaudiram e buzinaram. A situação de Roberta continua muito grave. Os rins não estão funcionando e, segundo os familiares, está sendo necessário fazer hemodiálise e transfusão de sangue. Desolada, Elisa Seixas, mãe de Roberta, pediu a Deus para ter uma notícia de melhora.

Alguns familiares mostraram indignação com o caso. Silvana Faria, tia de Roberta, cobrou de forma dura o médico Daniel Tolentino. Ela destacou o quanto a sobrinha é meiga, amada e doce. Mostrando muita revolta, ela usou palavras duras para qualificar o ex-namorado da sobrinha e chegou a pedir sua prisão.

O tio, Adenilson Rubim, agradeceu a todos os amigos que compareceram ao manifesto. Ele destacou a quantidade de casos de violência contra mulher no Brasil e pediu para que as pessoas não se calem. Ele disse que a família tem convicção que ela foi agredida e criticou também o fato de ele não dar satisfação para a família.

Histórico do caso

Tudo aconteceu na madrugada do dia 5 de março. Roberta foi socorrida em estado grave até o Hospital Regional. Daniel Tolentino relatou que ela sofreu convulsões durante o ato sexual e teve que arrastá-la pelo corredor do hotel onde estava o casal. Já no Hospital Regional, familiares perceberam hematomas no corpo dela e acionaram a Polícia Militar.

O inquérito policial foi instaurado pelo Delegado de Homicídios Érico Rodovalho e tudo está sendo investigado para descobrir o que realmente aconteceu naquela madrugada. Mensagens no celular de uma amiga comprovaram que ela clamou por ajuda. O celular de Roberta não foi encontrado. Os laudos toxicológicos e periciais foram realizados e serão avaliados pela autoridade policial que tomará as demais providências junto ao Ministério Público.

O Patos Hoje entrou em contato com o médico Daniel Tolentino Sousa nessa quarta-feira (14), mas não recebeu um posicionamento.