A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) inicia a temporada de peixamentos de 2009 na bacia hidrográfica do Rio Grande, dentro do Programa Peixe Vivo, criado para preservar as espécies nas bacias onde a Cemig tem usinas. Os trabalhos têm início nesta semana, na região de Campo das Vertentes e Sul de Minas. Até o final da safra 2008/2009, no próximo mês de maio, a empresa prevê mais 51 eventos, a maioria com a participação da comunidade, em 43 municípios da Bacia do Rio Paraná, onde estão localizados os rios Grande e Paranaíba.

Os alevinos são produzidos nos viveiros das estações ambientais de Volta Grande e Itutinga e em tanques de piscicultura de propriedades rurais, resultado de uma parceria com produtores que recebem assistência técnica e pós-larvas de espécies de peixes nativas e disponibilizam 50% da produção dos tanques para soltura. No ano passado, foram soltos cerca de 700 mil peixes de oito espécies na região.

Para o analista ambiental da Cemig e coordenador das atividades de piscicultura na estação de Itutinga, Oscar Moura, os peixamentos são uma forma de valorizar a importância dos ecossistemas aquáticos, repovoando os rios somente com espécies nativas. Oscar também promove a marcação de alguns indivíduos soltos buscando colher informações sobre o comportamento dos peixes, incluindo rotas migratórias, desenvolvimento e reprodução, e a eficiência do trabalho.

Machado Mineiro

A Cemig também iniciou seus trabalhos nas bacias dos rios Pardo e Jequitinhonha, com a realização de dois peixamentos, em fevereiro, nos municípios de Águas Vermelhas e Virgem da Lapa, onde estudantes e autoridades locais participaram. Os peixes são produzidos na Estação de Piscicultura de Machado Mineiro, em parceria com a Fundação de Apoio e Desenvolvimento Tecnológico (Fadetec) da Escola Agrotécnica Federal de Salinas.



Segundo Luciano Xavier dos Santos, zootecnista da Fadetec, a previsão é de finalizar a safra 2008/2009 com uma produção de quase três toneladas. Metade desse total será solta na Bacia do Jequitinhonha, onde as atividades de repovoamento começaram em 2007. O número de alevinos soltos no Rio é cinco vezes maior que o da última safra.