As calçadas foram construídas em pedra portuguesa.

As calçadas de pedra portuguesa construídas como obras de arte na década de 80 estão se transformando em armadilhas para os pedestres. Sem os reparos necessários, os buracos se abrem ao longo do caminho e os acidentes se multiplicam. As mulheres são as principais vítimas, mas as pessoas que trabalham no local relatam acidentes também com os idosos.

As calçadas foram construídas em pedra portuguesa, em um trabalho minucioso para retratar a cultura local. O enorme mosaico criado pela artista plástica Arminda Gomes faz referências à produção de milho. Além disso, ao longo do caminho, em cada cruzamento, é possível encontrar figuras como tropeiros, patos silvestres e bandeirantes que lembram o início do povoado que deu origem ao município.

As calçadas da rua Major Gote são tombadas pelo Patrimônio Histórico, mas nunca receberam os cuidados necessários para a preservação. Teve empresa, por exemplo, que retirou a calçada por completo e não recebeu nenhum tipo de punição. Outras que abrem buracos para a realização de obras nem sempre fazem os reparos da forma adequada.

Hoje, as calçadas da rua Major Gote são motivo de reclamação. Com tantos buracos e imperfeições, o simples caminhar pelo passeio pode ser bastante arriscado para uma mulher de salto ou para um idoso com mais dificuldade. Tombos e tropeções são uma constante segundo relatos de pessoas que trabalham no local.

A Diretoria de Igualdade Racial, Memória e Patrimônio Cultural (Dimep) tem realizado um trabalho de conscientização sobre as calçadas da rua Major Gote. O órgão está distribuindo uma cartilha que explica a importância da obra e de sua preservação. O material também alerta que destruir o Patrimônio Histórico é crime e pode ter consequências na Justiça.