Um estelionatário acabou se dando mal na manhã desta quarta-feira (05) em Patos de Minas. O criminoso entrou em contato por telefone com um funcionário público dizendo que havia sequestrado a filha dele. Como ele não possui filho, a vítima resolveu prolongar a conversa para “zoar” o bandido. O caso serve de alerta para os moradores.

Parte da conversa foi gravada pelo próprio funcionário público. O golpista fez a ligação por volta de 11h00 desta quarta (05) no telefone fixo, não podendo ser verificado o número da ligação. O funcionário explicou que, primeiro, aparece a voz de uma mulher gritando e pedindo ajuda: “Papai, papai... me ajuda, estou machucada?”

Em seguida, vem o criminoso dizendo que havia sequestrado a filha dele. Ainda sem ser gravado, o estelionatário fala para a filha que vai pedir R$50 mil para o resgate. No entanto, ardilosamente, ele argumenta que a "filha" lhe teria pedido para reduzir este valor e o criminoso então decide negociar com o servidor público.

Conhecedor da farsa, o servidor vai literalmente embromando o criminoso. O funcionário chega a dizer que iria até o banco em um Fiat/Uno (falso) fazer a transferência do dinheiro. O infrator pede o celular para entrar em contato, quando recebe o troco. O funcionário que chegou a dar o número de um celular falso diz que não tem filha e acaba revelando que a intenção era só acabar com os créditos do criminoso. Uma risada bem alta pode ser ouvida.

A história serve de alerta para os moradores. A Polícia Militar enviou nesta quarta-feira (05) um alerta sobre este tipo de crime que vem acontecendo com frequência. A orientação é para não fornecer dados pessoais por telefone, internet e outros meios de comunicação similares; as pessoas também não devem fornecer informações sobre seus hábitos, rotinas e da família.

Outra dica é recomendar que os familiares e funcionários não repassem estas informações para estranhos, inclusive números de telefone. No caso de pedido de resgate, tente fazer contato com o familiar de outro aparelho telefônico a fim de confirmar a situação. As pessoas não devem combinar encontros, acordos e nem efetuar pagamentos. O melhor é manter a calma e ligar para a PM, registrando a ocorrência em seguida.