O Governo Federal liberou mais R$ 4 milhões e o prédio está chegando na terceira laje.

As obras de construção do Campus da UFU em Patos de Minas seguem em ritmo acelerado, mas o futuro é cercado de incertezas. Com recursos cada vez mais escassos, a Universidade enfrenta dificuldades para manter os pagamentos em dia e os cortes de recursos anunciados pelo Ministério da Educação podem decretar uma nova paralisação das obras a partir do segundo semestre.

No ano passado, o Governo Federal liberou cerca de R$ 4 milhões para a retomada das obras, sendo R$ 674.914,48 para restos a pagar, R$ 1.300.000,00 que foi empenhado para 2018 e mais R$ 2.151.193,62 de emenda de bancada. As obras foram reiniciadas no mês de setembro, mas a liberação dos recursos segue a conta gotas. A empresa responsável pela obra, reclama de atrasos de pagamentos que já passam de R$ 1 milhão.

Mas a maior preocupação é com o contingenciamento dos recursos anunciados pelo Governo Federal. Sem dinheiro, a Universidade Federal de Uberlândia não terá outra alternativa a não ser interromper as obras mais uma vez. Um grande prejuízo para a comunidade que aguarda a construção da sede para pedir a criação de novos cursos. Atualmente a UFU oferece apenas três cursos de graduação em Patos de Minas, já que utiliza espaços cedidos e alugados.

O processo de construção do campus da UFU em Patos de Minas vem se arrastando há anos. As obras tiveram início em 2012, mas foram paralisadas por suspeita de falhas no processo de doação do terreno na região dos 30 Paus. Foram quatro anos de paralisação até que todas as pendências fossem solucionadas.

As obras foram retomadas em 2016, mas os valores liberados pelo Governo Federal, R$ 2,5 milhões, foram suficientes para chegar apenas na primeira laje. Dois anos depois, o Governo Federal liberou mais R$ 4 milhões e o prédio está chegando na terceira laje. São cinco andares no total e ainda falta muito a ser feito.

O prédio multiuso tem cerca de 5 mil m² para abrigar salas de aula, refeitório, laboratório e biblioteca. Inicialmente, a obra estava orçada em R$ 18 milhões, mas diante dos atrasos e paralisações, o custo deve aumentar para mais de R$ 20 milhões.