Eles fizeram uma em Patos de Minas distribuindo panfletos e segurando faixas.

Os alunos da Escola Estadual Antônio Dias Maciel- Colégio Normal- fizeram na manhã desta quinta-feira (26) uma manifestação contra o trabalho e exploração infantil. Eles fizeram uma em Patos de Minas distribuindo panfletos e segurando faixas. Uma manifestante deu o testemunho de como o trabalho infantil é prejudicial.

A manifestação começou na Praça do Coreto. Com camisetas brancas em homenagem ao Dia Mundial contra o trabalho infantil, faixas denunciando a exploração infantil e a fanfarra da escola, os estudantes e professores contornaram a Avenida Getúlio Vargas. Os estudantes distribuíram panfletos informativos sobre a exploração.

O Conselheiro Tutelar, Giber Mota, destacou que o problema é recorrente em Patos de Minas. Ele informou que, de acordo com o IBGE, há 817 crianças em situação de exploração ou trabalho infantil na cidade. No entanto, ele alertou que o problema é de difícil constatação porque acontece de forma velada, não sendo fácil a constatação.

Elvina Maria Pereira participou da manifestação e demonstrou o quanto o trabalho e a exploração infantil é prejudicial à vida das pessoas. Com 41 anos, ela disse que começou a “dar faxina” aos 6 anos. “Hoje eu não escuto direito, apenas com o aparelho, tenho problema grave na coluna e estou “encostada” pelo INSS”, destacou.

Ela também falou sobre o prejuízo em sua formação intelectual. “Consegui me formar no Ensino Médio, mas foi na marra”, enfatizou. Um exemplo de exploração em Patos de Minas é crianças vendendo bombons à noite nos bares ou outros produtos no centro da cidade. Além dos prejuízos intelectuais, a situação causa problemas de saúde e sociais.

A cartilha distribuída na manifestação elenca as atividades que são Proibidas às crianças: “Não pode trabalhar antes dos 16 anos; Abandonar a escola; trabalhar à noite e em lugares perigosos; ser doméstica ou babá; ser explorado sexualmente ou no tráfico de drogas; realizar atividades que comprometam sua formação moral, social e psicológica ou ser responsável pelo sustento da família”. A Polícia Militar acompanhou os manifestantes e controlou o trânsito.