Uma ação conjunta do Conselho Tutelar e da Polícia Militar levou uma adolescente de 15 anos para o Hospital Regional de Patos de Minas nessa segunda-feira (01), depois que a garota passou por um aborto clandestino.  Inicialmente, ela negou que estivesse grávida, mas os exames comprovaram tanto a gestação quanto a prática do aborto.

O caso ocorreu em um distrito, no município de Patos de Minas. O Conselho Tutelar recebeu denúncias de que a adolescente estava grávida e de que havia fortes indícios de que ela teria passado por um aborto. Uma pessoa que foi até a casa da menina confirmou que viu panos com muito sangue e que também havia uma quantidade impressionante de sangue no interior do banheiro.

Ao ser abordada pelos conselheiros tutelares e por policiais militares, a adolescente negou que estivesse grávida. Mas diante das denúncias e dos indícios, as conselheiras decidiram levar a garota para o Hospital Regional. O feto não estava mais no útero da menina, mas os exames comprovaram que ela estava grávida e que foi feito o aborto.

No Hospital Regional, a adolescente passou por um procedimento para retirar restos da gravidez que permaneceram no útero, como placenta e cordão umbilical. Uma conselheira tutelar que conversou com a reportagem do Patos Hoje disse que a garota poderia sofrer consequências graves de saúde se não tivesse sido levada para o Hospital.

O caso vai ser investigado. O Conselho Tutelar ainda não sabe em que circunstâncias a adolescente engravidou e como foi feito o aborto. Os pais da garota disseram que não sabiam da gravidez, mas também terão que prestar esclarecimentos. A prática de aborto no Brasil é considerada crime. O procedimento só é permitido em casos de estupro, de risco de morte para a mãe ou se o feto apresentar anencefalia.