Condutor inabilitado capota depois de bater em muro na Avenida JK. ( Foto: Arquivo Patos Hoje )

O trânsito de Patos de Minas é um dos mais graves problemas a serem enfrentados pelos administradores públicos. O número de acidentes é grande e os prejuízos incalculáveis, não só pelos danos causados aos veículos,  mas também as inúmeras vítimas de ferimentos,  muitas com sequelas irreversíveis e outras fatais.

Só este ano, no período de Janeiro a novembro,  a Polícia Militar registrou 1.295 acidentes com vítimas de ferimentos no perímetro urbano. O número é elevado, embora tenha um motivo para comemorar. Houve redução de 5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 1.364 acidentes com vítimas de ferimentos.

A falta de atenção é a principal causa dos acidentes. Em seguida, o avanço do semáforo e da parada obrigatória aparece na segunda colocação. Na terceira posição das causas de acidentes esta a embriaguez ao volante e por último as derrapagens. Isso significa que a grande maioria dos acidentes poderia ser evitada.

Rafael Oliveira Rocha é médico regular do Samu. Segundo ele, a maioria dos chamados ocorre nos horários de pico, de manhã, na hora do almoço e a tarde. Ele chama a atenção, no entanto, que os acidentes mais graves ocorrem na volta para casa. Segundo o médico, embora o acidente entre um ônibus e um veículo de passeio tenha causado a morte de um garoto de 14 anos e deixado outras três pessoas feridas na semana passada, os motociclistas são de longe as maiores vítimas.

Rafael alerta os motociclistas que é preciso redobrar os cuidados, além é claro de respeitar a sinalização. As ultrapassagens, excesso de velocidade e a utilização dos corredores deixam os motociclistas ainda mais vulneráveis. Segundo o médico, boa parte dos leitos do Hospital Regional está ocupada por motociclistas vítimas de acidentes de trânsito.

Rafael alerta que o trânsito é a principal causa de mortes no Brasil, fazendo mais vítimas do que o câncer por exemplo. São cerca de 50 mil vítimas fatais por ano. Uma triste realidade que não deve mudar enquanto não houver a conscientização dos condutores e usuários das vias públicas.

Autor: Maurício Rocha