A Astronomia é considerada a mais antiga de todas as ciências e esteve intrínseca ao desenvolvimento humano de forma que nenhuma outra ciência jamais esteve. O indelével fascínio despertado por ela mobiliza o homem desde os tempos mais remotos.  

Numa busca por compreender a dinâmica das estrelas no céu, muitas civilizações concentraram toda sua criatividade neste processo, pois já percebiam a relação das estrelas com as épocas de plantar e de colher. Deveras não estavam equivocados, pois, embora as estrelas não estivessem diretamente influenciando as estações, suas posições anunciavam a chegada do período das águas ou da estiagem. Mesmo tendo acumulado bastante conhecimento, desde as remotas e primitivas eras, até as atuais explorações espaciais, ainda há profundos mistérios a se prospectar na vastidão do universo.  

Infelizmente, ainda há uma parcela de pessoas que não compreende o sentido de estudar a Astronomia enquanto ciência, podendo até parecer insensato, ou, pelo menos, desperdício de tempo e de dinheiro para muitos. No âmbito da astronomia enquanto ciência, uma revisão dos estudos dos últimos séculos nos mostra o quanto este conhecimento levou ao desenvolvimento de tecnologias e sistemas de orientação que tornaram possíveis a navegação e o comércio. No âmbito filosófico, a reflexão talvez leve o homem a compreender que somos todos iguais em nossa pequenez, neste minúsculo planeta, mas podemos ser grandes pelo saber e pela solidariedade, e que estamos todos no mesmo (pequeno) barco, chamado Terra.

E para finalizar, tomaremos o emotivo sentido do fascínio pelo cosmos, aquele a que somos expostos durante uma noite de observação do céu, e para tal, tomaremos por empréstimo alguns versos de Olavo Bilac, do soneto que compartilha seu título a esta coluna, e que bem exprime nossa contemplação das estrelas:

“E eu vos direi: “Amai para entendê-las!”

Pois só quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelas.”

 

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