Por definição, Ciência é um tipo de conhecimento que explica os fenômenos que obedeçam às leis que foram verificadas através de experimentos, os quais devem ser reproduzíveis e, que está em constante evolução. 

Simplificando: ciência é um tipo de conhecimento que parte da observação, e que pode ser provado por métodos. Aristóteles diz que a ciência é o "conhecimento das causas pelas causas. É o conhecimento demonstrativo".

As ciências classificam-se, atualmente, em três grandes áreas: Ciências lógico-matemáticas; Ciências Humanas e Sociais e Ciências Sociais Aplicadas. 

Dessa maneira, a ciência está no dia a dia, ou seja, faz parte de nossas vidas. Pois, todas as nossas ações partem, inicialmente, de uma dúvida, uma hipótese, um teste, uma análise e uma conclusão. P.ex.: Será que hoje vai chover? Acredito que sim! Vou olhar o céu. Está nublado! Logo, vai chover. 

A ciência baseia-se na aplicação associada entre a teoria, a prática e uma técnica, ou seja, toda ciência deve ser experimentada! Em ciências não cabe suposições! Há apenas a comprovação (ou não), depois da aplicação de um método científico! 

Por sua vez, o dito “senso comum” é o conjunto dos saberes cotidianos. É um tipo de conhecimento que não leva em consideração a objetividade. Ele  é regional, familiar e comunitário. P. ex.: O conhecimento acerca das plantas medicinais de uma região. Porém, se determinada planta faz ou não efeito para uma doença deve-se antes submeter tal hipótese, necessariamente, a um teste científico.

Hoje vivemos uma época de questionamento e contestação científica. E será que podemos contestar, questionar a ciência? 

Sim, sim, mas através da própria ciência. Não se questiona a ciência com as opiniões do “tiozão do WhatsApp”, nem com o “Eu acho quê”. 

A ciência pode, e deve, ser questionada através do princípio metódico e do ceticismo “Eu duvido”. Mas, se logo eu duvido, logo investigo através do método e, assim, se reconstrói outra ciência! 

Um exemplo é que até a década de 1950 não se conhecia o DNA, todavia, hoje já existe toda uma ciência construída em torno dele, que salva vidas, produz alimentos dentre outras aplicações! 

Todo mundo gosta de smartphone, luz elétrica, automóvel... e tudo isso vem de um processo científico, e todos amamos! Porém, quando a ciência vai contra a sua crença, por exemplo, ela passa ser sua inimiga. 

Muitos acreditam na ciência que lhes convém, mesmo estando os fatos, os testes, os dados todos ali expostos. Ninguém vai morrer por que você deixou seu chinelo virado! (Ps. ciência e religião são tipos de conhecimento diferentes e, logo, não se misturam, mas, também, socialmente não se desassociam. Trataremos em um post específico sobre este tema). 

A ciência deve ser vista com um processo social e que precisa ser incentivada, sobretudo pelo governo, tendo em vista que ele mesmo se beneficia dela. 

Outro exemplo: se é através da ciência que se produz tecnologia, e se através da análise social da implantação de tais tecnologias e o acesso a elas é que a economia se desenvolve, logo, se houver ciência – e sua divulgação - há conhecimento e, consequentemente, melhoria na economia. 

Porém, o contrário também é verdadeiro: sem ciência, sem tecnologia sem reflexão, sem conhecimentos, sem avanços sociais e econômicos. Enfim: Idade média! 

Ciência é um ato cotidiano, e deve ser valorizada, assim como os seus cientistas! Sem ciência não há desenvolvimento. 

A ciência empodera e deve ser sim contestada, porém, com mais ciência! 

É um assunto que merece mais explanação e, por isso, continuaremos a dialogar mais sobre este tema em outras ocasiões! 

Mas, reflita: a quem beneficia a “anticiencia”?  

 

PEREIRA, Saulo Gonçalves. Afinal, o que é, e para que serve a ciência? 2021. Disponível em: https://www.patoshoje.com.br/blog/afinal-o-que-e-e-para-que-serve-a-ciencia-65345.html. Acesso em: dia, mês. ano.