O DESPUDOR DO CAPITÃO miliciano e da súcia desinformada que o segue desconhece barreiras. Sem o menor senso de ridículo, insistem que o Supremo Tribunal Federal proibiu o governo de agir durante a mais grave pandemia de que se tem registro no último século.

Quando o país marchava para, salvo legítimo engano, um saldo de 200 MIL ÓBITOS, o capitão quis minimizar a tragédia afirmando tratar-se de mero 0,1% da população.

Ocorre que esse 0,1% é superior ao número de habitantes de uma grande cidade. Até 2 de março (a terça negra, com 5O3 mortes a mais que as 1.223 do dia anterior), a "gripezinha" havia dizimado uma população proporcional a dois municípios do porte de Araxá (MG) e Patos de Minas, polo do Alto Paranaíba, macrorregião onde vivo. A média diária não para de subir em todo o território nacional.

Questionado sobre o estarrecedor aumento do número de mortes, o miliciano faz de conta que não é com ele. O governo federal não tem nada a ver com isso, desconversa, fingindo respeitar, como bom democrata, uma suposta decisão do STF.

Comportamento muito diferente do fanfarrão que, não faz muito tempo, esbravejava que não toleraria interferência de outros poderes em seu governo. Alguém se lembra do “ACABOU, PO***!” ou da “CORDA ESTICANDO”? 

Tal proibição — é preciso dizer o óbvio, infelizmente — nunca existiu. A decisão é clara: a responsabilidade de União, estados e municípios é "concorrente", ou seja, todos os entes têm o dever constitucional de agir frente a essa calamidade. Que parte o “Mito” e os fiéis seguidores da seita fundada por ele ainda não entenderam?

Se o governo realmente quisesse atuar e os integrantes do STF não permitissem (e isso não fosse outra das vigarices do capitão pra fugir de sua responsabilidade), por que ele não ameaça fechar a Corte e baixar um novo AI-5, como fez às vésperas da prisão do famigerado Queiroz?

Como nesse caso é de interesse dele lavar as mãos, faz cara de santo e, para omitir-se, simplesmente finge obedecer uma ordem do Supremo, ordem nunca dada por ninguém em lugar algum, exceto por ele próprio.

Resultado: a falta de vacinas é generalizada e a "logística" (sic) do Ministério da Saúde intencionalmente pífia; com mais de 10 MILHÕES de infectados, rumamos celeremente para a casa dos 300 MIL ÓBITOS.

 

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