Os acidentes envolvendo motociclistas em Patos de Minas tem sido motivo de preocupação. Em menos de 15 dias, a cidade registrou três mortes de condutores de motos que se envolveram em acidentes de trânsito. Na central de atendimento do SAMU e do Corpo de Bombeiros o número de chamados para atendimento de motociclistas dobrou este ano.
O Brasil possui atualmente 23 milhões de motocicletas. Esse número representa apenas 25% da frota de veículos, mas quando o assunto é acidente de trânsito as motos ocupam posição de destaque. No ano passado, o Seguro DPVAT pagou 580 mil indenizações para motociclistas e passageiros de motos, o que representa 76% do total de indenizações efetuadas no período.
Em Patos de Minas, os números seguem a tendência nacional. Em apenas 15 dias foram registradas três mortes de motociclistas. No dia 30 de setembro, um jovem de 23 anos morreu ao se envolver em um acidente com um caminhão na rua Major Gote. No dia 08 de outubro, um motociclista de 55 anos morreu ao bater de frente com um caminhão na estrada de acesso ao Aterro Sanitário. No mesmo dia, uma jovem de 23 anos bateu em uma caminhonete no cruzamento da rua Dona Luiza com a Marechal Floriano, no centro da cidade. No final de semana os familiares informaram que a jovem teve morte cerebral.
O aumento no número de chamados na central de atendimento do Samu e do Corpo de Bombeiros chama a atenção. De janeiro a outubro de 2014, foram registrados 301 chamados para prestar socorro a motociclistas e passageiros de motocicletas. Este ano, o número de chamados nos dois órgãos mais que dobrou, chegando a 771 atendimentos realizados pelo SAMU e Corpo de Bombeiros.
Quase sem proteção, os motociclistas são presas frágeis no trânsito. Em entrevista ao repórter Edvar Santos da NTV, o médico ortopedista Helder Valério Araújo recomendou que os passageiros e condutores de motocicletas utilizem equipamentos adicionais de segurança como botas, luvas e blusas, que podem significar uma proteção a mais em um acidente. Ele também alertou sobre o modelo do capacete, que deve ser todo fechado.
Autor: Maurício Rocha
