Segundo José Antônio Ventura a intenção é construir um Museu para resgatar a história dos negros.

O terreno doado pelo prefeito Pedro Lucas para Associação dos Remanescentes dos Quilombos das Famílias Teodoro de Oliveira e Ventura e que deveria ser utilizado para a construção do Museu do Negro em Patos de Minas se tornou alvo de uma grande polêmica. O chefe do executivo foi convencido de que o imóvel não tinha dono, mas a família de João Paraíba mostra documentos para provar que é a proprietária do terreno.

O imóvel localizado na rua Ouro Preto tem mais de 770 metros quadrados e durante décadas abrigou a Tenda Espírita São Jorge de Aruanda. O Centro Espírita foi desativado após a morte de João Nunes Batista, o João Paraíba e passou a ser alvo do interesse de outras pessoas. No último dia 14, o prefeito Pedro Lucas assinou um decreto desapropriando o imóvel e fazendo a doação para a Associação dos Remanescentes dos Quilombos das Famílias Teodoro de Oliveira e Ventura.

Segundo o diretor executivo do Compir, José Antônio Ventura, a intenção é construir um Museu para resgatar e recontar a história dos negros na região e também um Centro de Atividades das culturas africanas. O espaço abrigaria também as culturas de outras minorias, como os indígenas e ciganos.

Mas os remanescentes da Tenda Espírita São Jorge de Aruanda e a família de João Paraíba contestam a doação. Eles alegam que por direito, o imóvel pertence aos herdeiros de João Paraíba, que adquiriu o imóvel para a implantação do Centro Espírita. Eles mostram documentos, comprovando a propriedade do imóvel.

Jorge Paraíba, filho de João Paraíba, diz que a Tenda Espírita São Jorge de Aruanda continua ativa e que a intenção é levá-la de volta para o local de fundação em 1961. Ele contou que a entidade vai ser reaberta no local e só foi suspensa por causa de um impasse na justiça o qual já foi solucionado. O caso foi levado esta semana para o prefeito Pedro Lucas, que segundo Jorge, prometeu buscar alternativas para resolver o impasse.

Autor: Farley Rocha