Os trabalhadores rurais sem-terra acionaram a Polícia Militar na manhã dessa quarta-feira (24) e reafirmaram o compromisso de deixar a Fazenda Experimental da Epamig até o dia 15 de Julho, como havia sido estabelecido anteriormente. Algumas pessoas já deixaram o local, mas cerca de 60 famílias ainda esperam que aconteça uma reviravolta na Justiça.
A Fazenda Experimental da Epamig foi ocupada por trabalhadores rurais sem-terra em Janeiro do ano passado. Eles alegam que a propriedade é improdutiva e pedem a destinação dos cerca de 700 hectares para a reforma agrária. A direção da Epamig contesta e afirma que existem diversos experimentos sendo realizados.
No mês passado a Justiça concedeu a reintegração de posse da Fazenda à Epamig. Desde então, a Polícia Militar vem negociando com os trabalhadores a desocupação da área. Os sem-terra se comprometeram em deixar a fazenda até o dia 15 de Julho. Até lá, o Movimento vai tentar reverter a decisão da Justiça.
Mas o movimento se tornou enfraquecido com a saída de sua principal liderança. Divino Martins dos Santos, que articulava todas as ações dos trabalhadores, deixou o local e vem sendo acusado por alguns trabalhadores de ter recebido dinheiro para garantir a terra aos trabalhadores.
Nessa quarta-feira, uma das líderes do movimento, que ainda permaneciam no local, teve que ser escoltada pela Polícia Militar para não ter problemas com os trabalhadores rurais sem-terra que estão se sentindo enganados.
Autor: Maurício Rocha
